terça-feira, 15 de setembro de 2015

Doutor nosso de cada dia...

É...  
Interessante como são as coisas.
Me atreverei a expor meu pensamento em 4 atos.

1º ATO - AO SEU MODO FUNCIONAVA
   
Antigamente, por mais pobre que fosse o cidadão - já quero iniciar destacando que não procuro acusar nenhuma classe social, financeiramente dizendo-se - ele vivia mais.
Tenho para mim que a expectativa de vida só diminuiu com o passar do tempo e passou a aumentar, graças às possibilidades de mudança que foram aderidas pelo Estado e aceitas pela população. 
Hoje toda a preocupação com o  controle da natalidade, que já foi tema muito explorado no passado, já não necessita mais de tanta incisividade, uma vez que naturalmente entendemos que não há condições de fechar os olhos para o controle populacional, que viver está caro e manter família nesse país é um esforço pra lá de humano, apesar de que, do jeito que andamos economicamente falando-se - e nesse momento me referindo ao momento político - não vou me assustar se a "presidenta" aparecer pedindo para que tomemos mais cuidado na geração de filhos e, se isso acontecer, lembrem-se que não profetizei nada, apenas concluí mais uma que para acontecer está bem fácil.
Não dá para facilitar, é tentar aproveitar a vida sim sem querer esticar muito os galhos e frutos da árvore genealógica, apenas querer aumentar o tempo de vida por nossa conta e risco ainda.
Para ser mais direto, penso que no passado ou os médicos acertavam mais em seus diagnósticos, fruto de uma maior domínio da ciência que os norteava e do menor glossário de doenças, imaginando que graças à limitação midiática e privações de mercado, muitas coisas ruins ficavam lá onde elas eram criadas ou lançadas e, quando cruzavam as fronteiras, o que imagino que levava tempo, se considerássemos os meios de transporte - inclusive das informações sobre o que era modinha em outros países - quando aportavam por aqui já traziam consigo inclusive os prós, contras e soluções.
Resumindo. O médico era suficientemente bom para identificar as anomalias e receitar o remédio que sanasse o problema diagnosticado, assim como tinha o poder de dizer que não tinha cura e o paciente já ir preparando a sua partida para o além.
Certamente a margem de erro existia, mas hoje isso é questionável, inimaginável e muito difícil de se acontecer.
Primeiro porque não existe mais médico "saco roxo" que venha e desacredite um paciente na lata.
Se tiver que fazê-lo, vai procurar no computador um especialista sobre aquele ponto "X" que ele vê e despachar o paciente e o problema para lá.

Por ética vai prometer ao paciente que acompanhará junto ao colega especialista "o seu caso", porém, tenho a nítida certeza de que, assim que o paciente cruzar a porta - agora de saída - do seu consultório ele vai pensar lá no fundo: "Já fiz a minha parte... Agora, o problema é do especialista... ele (o especialista) tem por obrigação entender melhor acerca desse caso".
Num caso muito raro, de interesse do médico - aí eu já estou batendo na casa do especialista - que não encontrou a solução para o problema, mas não pode dar o braço a torcer, enfim, ele é especialista, lá vai o pobre coitado para o hospital das sei lá quantas, certo de que encontrarão a cura para o seu problema, sem saber que está sim sendo mais uma cobaia humana inserida numa lista de estudos. Quem sabe dá sorte e encontram ali a cura, pois de qualquer forma o ciclo vai continuar.

2º ATO - DOUTORES: UNI-VOS!


Fato verídico que vivi ainda em minha mocidade, ali pelas faixas entre 25 e 28 anos, ou seja, já faz um bom tempo.
Sofria uma pressão emocional imensa, pois meu pai havia falecido e no meio de tanta responsabilidade e sonhos se destruindo, eu não conseguia administrar a pressão e passava mal.
Desmaiava, às vezes com alguns sinais de crise convulsiva e, para curar, lá fui eu no médico do convênio.
O doutor clínico geral me pediu uma gama de exames, os observou e encontrou um qualquer coisa diferente no resultado de uma tomografia computadorizada. Naquela época, não bastasse o nome ser feio, apesar de a gente nem se doer tanto com o termo tomografia, que nem sabíamos o que queria dizer ao certo, mas imaginávamos que qualquer coisa que desse seria relacionada a tumor; mas tinha computador no meio e, falou de computador naqueles tempos, podia saber que se tratava de um exame que ia além do nosso poder financeiro com uma margem de erro muito pequena.


Graças a Deus o convênio que eu pagava pela empresa me permitia - não sem alguma recorrência a instâncias maiores, o que foi facilmente resolvido pela assistente social da empresa - fazer tal exame. O resultado não era nada diferente do raio X que existia na época para a nossa visão de mero mortais, ao menos o material final, mas, para os que entendiam, ficava claro que dali saía o mapa para o tesouro escondido.
De posse desse exame, já de cara, o clínico geral me informou que não dominava o assunto, mas notava um "foco" - qualquer foco naquela época em uma tomografia computadorizada era sinal de problema sério... meio passo para a loucura - no cérebro e que precisava de um especialista no assunto. Eu nem percebia que nessa época já me fazia vítima do processo de setorização do corpo humano dentro do serviço médico.

O especialista, que naquela época começava na área, vindo das melhores escolas segundo o clínico geral e que já estava sendo muito procurado, pois bem me lembro que naquele tempo havia apenas um doutor que era de fato autoridade no assunto aqui em minha cidade e a fila para ser atendido por ele era muito grande, apesar de que, como o convênio ainda valia alguma coisa, se quisesse mesmo ser atendido por ele, bastava ligar no consultório, marcar o dia e horário que bem quiséssemos e já era. O conveniado era tão bom quanto cliente particular. Sem essa de fila de espera.
Voltando ao especialista... pegou meu resultado, fez um circulo com a caneta em um ponto preto que, segundo ele, era menor que um grão de feijão pequeno, mas era o que estava causando todo o transtorno de minha vida.
Me explicou que eu ia estranhar um pouco no começo. Para eu tentar me acalmar, adquirir novos hábitos, senti que a sugestão era para eu pular uns 15 anos da minha idade e viver calmamente tomando Gardenal.
Não ia poder beber, nem dirigir à noite, pois ele já foi avisando que o tal do remédio era forte e ia me dar muita sonolência até eu me acostumar, que era bom eu evitar altos estresses... praticamente me mandou vegetar e.. tomar Gardenal.
Cheguei em casa destruído, psicológica e mentalmente, comentei com minha mãe que insistiu... já que o médico receitou, que eu devia tomar, assim eu não teria mais os lances de desmaios e tudo mais.
Tomei dois dias direitinho e no terceiro dia eu fiquei louco sim... querendo matar o médico, pois se eu ficasse tomando aquele negócio eu ia perder o emprego, já que a única coisa que me dava era sono e me fazia viver parecendo um robô à pilha, porém, sempre com a pilha acabando... tudo muito lento, parecia que eu estava anestesiado. Fiquei mais alguns dias sem tomá-lo, para visitar em sã consciência, caso fosse necessário peitá-lo e lá fui eu.
Para tomar uma bifa, só faltava ele me ver nervoso como eu estava e perguntar: "Você está tomando direitinho a medicação?"... Ia ver só. Eu estava tão revoltado que era capaz de rolar uns paranauê no consultório, mas, ele agiu de forma diferente, aceitou as minhas críticas de mal estar  e me receitou outro remédio.. Hidantal.

Saí de lá e fui direto para a farmácia, com uma mala de viagem cheia de indignação e desconfianças, expliquei a situação e, para resumir, ouvi do balconista que só mudou o nome, pois o resto era a mesma coisa... bom, não comprei essa droga, peguei meus resultados e fui atrás de outro médico. De outro clínico geral, para começar tudo de novo.Esse clínico geral ouviu toda a minha história, perguntou tudo o que pode, respondi tudo o que me questionou e afirmava, contrariando o ditado de que todo louco diz a mesma coisa, que eu não era louco e que esse médico estava me tirando de otário, por isso minha busca em recomeçar a saga com pessoas que tivessem um pouco de amor ao trabalho e responsabilidade para com os pacientes. 
Estou com pressa de ir para o terceiro ato, assim sendo, esse doutor me mandou para o expert no assunto de cabeça - que era para onde o anterior deveria ter me mandado se não tivesse querendo lançar um novo nome na cidade, ou sendo bancado para isso, sei lá, enfim, o investimento para o tal doutor ir estudar fora e voltar para Piracicaba precisava ser recuperado - que pegou os resultados, pediu para eu contar novamente toda a história desde quando comecei a passar mal, perguntou meus sintomas, sugerindo exatamento o que eu sentia e não havia lhe dito - nisso eu já me sentia nas mãos de um bruxo e me imaginava sendo internado para tomar algo pior que o tal do Gardenal, tirou o bloco de anotações, fez uma carta, colocou num envelope, fez um ou dois telefonemas e me disse depois:
Você fez muito bem em mudar de médico, o seu quadro é de problema cardíaco, esse ponto que destacam como foco, não é nada, faz parte de uma das tantas cavidades que temos na cabeça e que na tomografia aparece como sombra. Me indicou um cardiologista, que identificou meu problema de arritmia cardíaca - não sem antes passar por mais um monte de exames loucos - me receitou remédios, regras alimentares e pedidos de reavaliar o lado "nervosinho" e graças a Deus tudo acabou bem.

3º ATO - A FÓRMULA QUE DA CERTO

Há poucos anos atrás, 5 ou 6, eu frequentava uma clinica de olhos aqui na cidade. Muito
boa... concorridíssima, muito bem organizada e com profissionais respeitados.Tinha muito problema com a pressão dos olhos, usava colírios de valores nada agradáveis e havia a necessidade de monitoramento periódico.
Um belo dia, num desses retornos periódicos, fizemos os mesmo exames de sempre, com as mesmas reações de sempre - tem um exame com um "soprinho" nos olhos que eu odeio - porém, com um diagnóstico final diferente, para a minha surpresa. Pela primeira vez apareceu uma "anomalia" qualquer que requeria um estudo mais detalhado.
Para realizar tal estudo, havia a necessidade de se fazer um exame caríssimo - de novo - com um equipamento importado e especialmente desenvolvido para descobrir os segredos mais profundos que temos nos fundos dos olhos.
Não me lembro o valor do tal exame, e entendo também que não vem ao caso, mas me lembro que era muito caro mesmo, pois de pensar nele ainda sinto as pernas bambeando, ecoando o susto que o doutor me deu naquela época e, para realizá-lo, de novo, precisava entrar em contato com a mantenedora do convênio e pedir o aval das "instâncias maiores",
mas, como era para entender melhor e talvez - ao menos eu acreditava nisso até um certo momento - ajudar a melhorar o tratamento... vamos lá!
Pedi para me passar todo o material necessário que me possibilitasse recorrer ao apoio do convênio e fazer jus ao meu direito como consumidor, quando o doutor me diz de forma até sarcástica: "Antes que você, a exemplo de outros pacientes, me pergunte sobre o médico que estou indicando, já adianto... é o meu filho, por isso tem o mesmo sobrenome".
Você que me lê pode não acreditar, mas nesse momento meus olhos se arregalaram, minha visão clareou de tal forma que eu consegui superar o Superman e com uma visão muito além do alcance ver escrito lá adiante... antecipando o futuro não tão distante que estaria acontecendo no momento em que eu saísse da sala... "Mais um para ajudar a família... mais um para atestar o sucesso das técnicas que meu filho trouxe para o mercado... mais um para comprovar a competência do meu menino, mais uma forcinha minha para o futuro profissional".
E para os que dizem que o que os olhos não vêem o coração não sente, fica o meu alerta, não sei a cara desse doutor que me atenderia, não sei qual é esse aparelho semi-endeusado que diria o que está nas entrelinhas dos meu olhos, e não sei como ficou a cara do doutor que sempre me consultou e para o qual eu sempre tive muito respeito até dar uma dessa... só sei que o alivio do meu coração foi imenso. Me senti escapando por um triz de uma armadilha que, pelo jeito, comumente rola no universo da "boa saúde", que de boa não tem nada.

4º ATO - A SINA VIROU ROTINA

   
Para mim só ficou claro, toda a vez que precisei de médico, que a união faz a força.
Eles se uniram, formaram os convênios, vieram os especialistas, se organizaram, o governo deu todo o apoio, numa estratégia para aliviar um pouco o plano de saúde federal e tentar - pois não conseguiu - aumentar sua receita através dos particulares mas, no meio do conluio todo, saiu perdendo, pois com certeza se arrependeram de pagar tantas cesarianas, por exemplo, que em sua maioria das vezes já haviam sido pagas pelo convênio e em outras vezes, pois já ouvi testemunhos a respeito, pagas por fora para o doutor que, por sua vez, fazia a cobrança e recebia novamente do governo.
Os planos de saúde se tornaram um martírio.As empresas, que passaram a oferecê-los, aderindo a vários moldes que atendem desde os funcionários mais abaixo do mapa organizacional até os "top of line" na hierarquia organizacional, colocando isso como uma das vantagens oferecidas pela empresa e, com isso, superlotando os agora Pronto Socorros Particulares, e fazendo com que as empresas de assistência médica só se organizem mais para manter sempre funcionando os planos super vip baster master e o resto... ah, o resto, cai na máfia de estripadores. Analisemos por parte, cada especialista com sua parte, o que for possível cobramos do convênio, o que não for, tiramos do INSS e ainda você tem a opção do atendimento particular, enfim, melhor ser atendido dentro de alguns dias pelo particular do que de algumas semanas pelo convênio ou meses/anos pelo INSS, vai depender do tamanho da sua dor e do seu bolso.
Escolhe aí.
Mas escolhe com carinho, sempre lembrando que, começa no clínico geral, que poderá te mandar para o especialista, que vai te pedir o exame milagroso, depois de resolvida a especialidade dele, torça para que ele não tenha que te enviar para o outro especialista de outra área para resolver aquele outro probleminha que ele identificou, mas para o qual ele não tem muita segurança para dizer a respeito no momento... ufa... e assim vai.
A bem da verdade, ninguém quer assinar o seu atestado de morte.
Ninguém quer ter "a moral" de chegar e te dizer que seu problema é assim ou assado... na lata... sempre vai precisar passar por um especialista ou fazer alguns exames mais detalhados para enfim encontrar para qual especialista você deverá ser enviado.
Vai tirando guias aí!

Uma vez encontrado o poderoso doutor da causa, vem o drama de ter que esperar por semanas ou meses - não ouvi relato de anos ainda, mas não duvido nada se alguém vier a dizer que existiu - torcer para que os resultados de exames que você tenha em mãos sejam suficientes e válidos, ou, até porque já existe mesmo a desculpa do tempo que passou, correr o risco do tal do exame mais detalhado ainda ser solicitado (note que você já havia passado pelo detalhado) que vai ajudar a entender o seu problema.
Cansativo, não?!?!?
E tomara que tenha terminado aí e que, de novo, não lhe apareça o tal especialista dizer ter encontrado no meio a seu exame um problema que afeta na área de especialidade dele e que tem que ser analisado por outro especialista.
Valei-nos Deus.
É muito médico e muita doença... procurou... achou... é só ter uma boa dose de paciência e curiosidade!

sábado, 5 de setembro de 2015

A INTERNET DOS SONHOS (parte 2)

Para dar sequência à postagem sobre o assunto, precisei fazer uma pesquisa rápida - quase relâmpago - pelos portais e salas de bate-papo.
Não tive coragem de entrar em nenhuma, principalmente por que já não me animava em ter que criar algum apelido e, pior, enfrentar tal ambiente, uma vez que me julgo totalmente fora de forma - e paciência - para enfrentar tal aventura.
Olhando de fora já deu para perceber que muita coisa mudou.
Agora há a possibilidade de utilizarem webcam, nos tempos passado a que me refiro webcam era alguma coisa que líamos em alguma matéria de tecnologia e não tinha lá muita utilidade, até mesmo porque não conseguíamos utilizá-la para o contato com a outra ponta.
Imagina que aos preços que vendiam tal equipamento na época encontraríamos alguém que também o utilizasse tão facilmente assim.
Tempos difíceis.
Pelo lado das regras comerciais parece-me que a proposta não mudou muito.
As salas continuam limitadas a 40 pessoas, com uma reserva para assinantes e continuam existindo salas que privilegiam principalmente os assinantes e possibilita uma quantidade menor para acesso aos não assinantes do portal, mas isso não é fato relevante ainda nessa postagem.
Menciono apenas como ponto de observação.
Muitas salas que existiam no passado hoje já não existem mais.
Ou existem e eu não as encontrei, até mesmo porque não me dei ao luxo de ficar vasculhando o site.
Antigamente, quando esse produto era de interesse geral, recebia destaques imensos, tornando-se fácil de encontrar e até hipnotizador, pois mesmo que procurássemos por outros assuntos, quando menos esperávamos, já estávamos entrando nas costumeiras salas nem que fosse apenas para dar uma espiadinha.
Vamos lá.
A título de pesquisa xeretei salas do tipo Namoro, 40 a 50 anos, 18 a 20 anos e salas de cidade.
Não me atrevi a espiar qualquer sala de papos referente a sexo, religião, política, futebol ou de qualquer assunto mais contundente, porém, nessa rápida passagem pude elencar uma coleção de nicknames que você leitor pode até tentar ligá-los à alguma dessas salas e certamente em muitos casos vai errar.
O foco dessa postagem é exatamente falar um pouco mais sobre essa coisa louca que era a utilização de apelidos.
Não muito diferente dos tempos passados e considerando alguma variação em função da atribuição do recurso de troca de imagens via webcam, posso destacar os seguintes apelidos encontrados:
2Ninfetas na cam, Advogado, Amo ver, Anitha_, Aquariano SP, Betodot, Camgirl, Carinhoso 31, Carinhoso_SP, Carlinhos14, Casado gostoso, Casal procura, Empresário, Escondida, Escravo na cam, Fred Kruguer, Gata, Gatin, Gato, Gato SP, Gostoso, Hanna stripper $$, Hdotado21,
Kasado Carente, Loiro Solteiro, Loveman, Loyra21, Moreno Safado, Mulher de aluguel, Novinho, Novinho quer homem, PM só amizade, Pocahontasduhpará, Quero_namorada, Quero_você, Vania sarada
Claro que respeito o processo como funciona o recurso e os utilizadores, mas, não posso deixar de ressaltar o fato relevante.
O sonho dos utilizadores em sua grande maioria era fazer jus àquilo que vendiam nesses sites, daí o termo de internet dos sonhos que dependendo de como se olhe, poderia também ser tratada como a internet dos pesadelos.
Os apelidos refletiam a fantasia de cada um. Fosse destacando qualidades que não tinham ou criando personagens fictícios cujo apelido despertava na mente do usuário que se encontrava do outro lado da tela.
Era incrível como as pessoas se transformavam.
Quantas "Docinhas" que eu conheci que, ao encontrar pessoalmente não passavam de pessoas grossas, truculentas e, em muitos casos, até mal educadas.
Quantos "Gostosos" qualquer coisa que não passavam de pessoas comuns, quando não o totalmente inverso do apelido, fosse pela falta ou excesso de peso.
A intenção era mesmo chamar a atenção.
Conseguir se destacar e rolar papo, talvez arrumar um ou uma pessoa que despertasse a atenção e que valesse trocar e-mails ou marcar outros encontros com horário específico na sala ou canal em comum.
Conheci muitas histórias de pessoas que marcaram encontros - e naquela época às cegas, valendo-se apenas do como estariam vestindo - e tomaram um imenso, colossal e histórico cano... isso, quando não, mais de um.
Por princípios particulares e até pelo fato de não usar apelidos que dissessem lá algo muito ilusório, eu sempre honrei meus encontros.
Tá bom, é verdade... eu já saí para encontrar alguma princesa e acabei me deparando com o dragão, mas, como a princípio a proposta era se conhecer pessoalmente em nome da amizade, não havia problema algum matar o sonho de beijos e carinhos e ficar com o escudo da amizade estendido à frente.
Como já mencionado na postagem anterior, não existiam recursos básicos de acesso fácil e direto como hoje e, a tarefa de mandar um arquivo de foto pelo bate-papo era uma missão íngreme que cobrava do usuário além de esforço para gerar o arquivo, um conhecimento técnico extra para enviá-lo pela sala.
Claro, tinha o recurso do e-mail, mas ainda assim ter o arquivo com a foto era complicado e até arriscado, principalmente se fosse levar em consideração o apelido e a realidade exposta no infeliz arquivo escaneado.
Solução?
Fácil, bastava dar uma googada, encontrar algumas imagens de alguém que preenchesse os requesitos do perfil e enviar.
Com isso se estaria dando vida, rosto e corpo para o até então apelido virtual.
Cito, sem mencionar nome, um grande amigo que utilizava desse recuro, marcava encontro e só aparecia para certificar-se de quem era realmente a pessoa que queria conhecer o personagem criado.
Eu morria de medo e delirava com a aventura o envenenando que um dia iriam descobrir o truque, ou que o personagem ia acabar sabendo da tal história e que a coisa ficaria muito feia.
Mas acabava entendendo ao final, quando ele me dizia que a tal que ele ia encontrar era mais feia que uma briga de foice no escuro.
Nos divertíamos muito.
Os encontros eram sempre marcados em lugares públicos e, particularmente, eu sempre ganhava pontos com os que tomavam cano, pois sempre preguei que a coisa era tão errada que não tinha lógica que fizesse aquilo dar certo.
Cansei de ver ninfetas com mais de 30 anos, gatinho demode, sinceras mentirosas, bonitões e saradões nada a ver e até gostosinhas com tantas outras conjugações adiante que não passavam de mal amadas e mal cuidadas querendo iludir todo um universo virtual.
Conheci malucos que apavoravam as salas e depois se demonstravam dóceis, amáveis e de tantas outras posturas louváveis.
Mas conheci muita gente autêntica, real, admirável, com conteúdo, herança genética admiráveis - pois conheci muitos familiares dessas pessoas que deixavam claro o porque daquelas posturas honrosas - inteligências marcantes e até posturas hiper importantes que, graças a Deus, até hoje tenho o prazer de encontrar e relembrar os bons tempos do bate-papo e o prazer de termos nos encontrado e nos conhecido por lá.
Havia um prazer imenso em perguntar para a pessoa em nossos encontros "Qual o seu nick?" e ao ouvi-lo, poder destacar os assuntos, as qualidades e até mesmo os segredos que mantínhamos assumidos no decorrer de nossos papos.
No geral, por mais que as mudanças tenham ocorrido, ainda continua sendo os sites de relacionamento os repositórios de lamentações, brigas, fofocas, intrigas, namoricos, falsas paixões e tudo o mais.
Mas continua sendo também um ponto de encontro que estreita as distâncias, une opostos e nos dá uma grande oportunidade de garimpar por preciosidades que de outra forma jamais encontraríamos.
Graças a Deus, por onde frequento não se valem muito dos apelidos e sim dos nomes, mas ainda assim, uma grande maioria continua insistindo em demonstrar ser aquilo que não são.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A INTERNET DOS SONHOS (parte 1)



Enquanto muitos ainda sonhavam com acesso à internet e invejavam os poucos privilegiados que tinham acesso à essa tecnologia, nós, que por algum motivo conseguíamos acessá-la, tínhamos algumas manias um tanto estranhas.
Isso ocorria lá pelos meandros dos anos 90 e, para ser um pouco mais específico, algo entre 1995 e 2000. Era muito interessante observar o comportamento da época.
Os usuários em sua grande maioria acessavam a rede para buscar músicas, era uma porta sem trancas aberta para o mundo, que dava para nós a possibilidade de buscar e compartilhar os mais variados títulos e estilos.
Não existia ainda qualquer menção à banda larga e as mais velozes conexões não chegavam aos pés da velocidade oferecida pelo já ultrapassado 3G que muitos ainda (inclusive eu) utilizamos nos telefones celulares, para se ter uma ideia, baixar um arquivo MP3 nas melhores conexões – refiro-me às de onda de rádio, pois as opções eram a discada, muito popular, ou onda de rádio, caríssima por sinal, que era a coqueluche do momento – levava pelo menos 10 minutos, baixar um filme então – nessa época VCD ou DIVX – era uma atividade para se perder algo entre 30 minutos ou 1 hora.
Mas não quero falar sobre essa vertente, quero conversar mesmo sobre o bate-papos, ou chat, que era a grande sensação aglutinadora da internet.
Uma prévia das telas das salas de bate-papo UOL
Das famosas salas de bate-papo, hospedadas, gerenciadas e administradas por famosos provedores de sinais e hospedeiros de sites, tangíveis a todos os mortais aos famigerados IRCS - mais voltados à comunidade “nerds” ou aos usuários mais avançados e dividido por comunidades com interesses, qualidades, localidades ou até mesmo loucuras em comum – imperava um certo movimento muito interessante que com certeza rendeu milhares de histórias no dia-a-dia dos viciados usuários ligados a essa louca tecnologia cheia de possibilidades que tomava espaço na vida das pessoas.
As duas plataformas tinham muita coisa em comum, principalmente a seletividade.
Existiam páginas e canais para pessoas de várias faixas etárias, etnias, opção sexual, religião, revistas, cultura, ciência, política, namoro e tudo mais que você possa imaginar. Para se distrair – nem ouso dizer se divertir pois hoje tenho lá minhas dúvidas se de fato era divertido – bastava ter a sorte de conseguir acessar à internet, ter (ou arrumar) tempo ocioso, ter um pouco de criatividade para criar um apelido, ou nickname – isso vai render um pouco mais de história em próximo texto, na parte 2 dessa postagem – ter uma cara de pau além do normal, ousadia e paciência.
Era normal você deparar com apelidos que chamavam à atenção, sempre muito bem adequados ao espaço que frequentavam.
Posso mencionar (ou criar) alguns que ajudará a entender melhor como isso funcionava.
Em salas de namoro você encontraria facilmente algum Amante Sentimental, alguma Loira Sensual, Carente 30, Gostosinha 21, Safadão bem dotado, Morena Gostosa, Mulata-SP (ou qualquer outra sigla de estado), Qualquer coisa Balzaquiana, sei lá o que ou quem Carente e assim por diante.
Em salas de faixa etária ou de variedades, você encontrava facilmente Docinha, Loira Gostosa, Mina da Balada, Chapeuzinho Vermelho (e lógico o Lobo Mau), Gatinha (alguma coisa sendo normalmente um número que presumia-se ser sua idade), Saradão das não sei quantas, Negro Lindo, uma infinidade de doces que partia de nomes de chocolates até a nomes com Maria Mole.
Uma loucura que fazia sentido.
As plataformas com o tempo começaram a possibilitar inserção de códigos que permitiam o compartilhamento de imagens, conseguindo com isso estreitar e aliviar um tanto a curiosidade humana, já que naquele tempo, por ser algo direto – e até invasivo – as conversas começavam assim:
“Qual o seu nome”
“Quantos anos você tem? ”
“Solteiro”
“Pode se descrever? ”
“De onde tc “ – até descobrir que esse tc significava tecla, muita gente ficava olhando para a tela com a famosa cara de U..Ó... e, dentre essas perguntas vinha a famosa “Tem foto? “ e olha que não era normal termos câmeras digitais, pois essas nem existiam, mas, pagávamos o preço para estar dentro da moda e fazíamos o scanner de alguma fotografia nossa, só para ter o que compartilhar quando essa pergunta viesse.
Dependendo da resposta que você desse para alguma dessas perguntas, poderia já ir se preparando para o adeus não dado.
Rapidinho seu interlocutor sumia... te deixava falando e, se bobear, a pessoa estava ali, tendo acessado de forma tão rápida também com outro apelido e dando risada da sua cara de trouxa.
A exemplo do que rola hoje nos sites de relacionamento, naqueles tempos também existiam duas modalidades de bate-papo – tudo o que estou relatando eram comuns nas duas plataformas mais populares que mencionei no começo desse texto: salas de bate-papo e IRCs – havia o papo no “aberto”, onde todos os presentes na sala ou no IRC naquele momento viam tudo o que estava rolando... um papo mais coletivo e existia o papo reservado, onde duas pessoas conseguiam se comunicar de forma mais reservada, com o papo limitado à visibilidade das duas partes interessadas.
Modelo de tela de um dos IRCs da época
Considerando a sala (ou canal) que você estivesse frequentando, o papo – mesmo no aberto – muitas vezes era pesado, jocoso, pois abusavam da ousadia e da cara de pau e soltavam mesmo o verbo, fazendo com que muitos rissem e tantos outros ficassem encabulados.
Quantas vezes observei situações incômodas que mexiam com o povo em geral a ponto de, após uma simples postagem, a grande maioria dos presentes se retirarem daquela sessão de bate-papo.
Algumas pessoas – e nesse caso independia do sexo – colocavam fotos de pornografias tão fortes para a época que parecia um alerta de furacão chegando. Todos desapareciam, ficando apenas os mais tolerantes, ou os que não estavam nem aí e outros que talvez nem mesmo soubessem ao certo o que estavam fazendo lá.
No IRC havia uma vantagem, por ser cuidada por moderadores, quando alguém andava fora da linha era banido do canal e, como isso se fazia pelo IP do usuário – IP é o protocolo de internet, número único atribuído à cada máquina – ele ficava impossibilitado de acessar aquele espaço até que o “BAN” fosse retirado, ou seja, até que seu IP fosse autorizado a frequentar o espaço novamente.
Fiquei muito triste quando fui banido uma vez, pois além de gostar do canal, eu carregava um nickname muito querido e respeitado, mas, por ter configurado o programa com uma entrada automática, alguém acessou o programa, caiu automaticamente no canal utilizando meu nickname e tocou um inferno que até hoje eu não sei qual foi, já que nunca mais pude acessar aquele canal e depois perdi o interesse também, fazendo com que eu ficasse com essa eterna curiosidade.
Essas plataformas, bisavós das atuais redes sociais, hoje já são esquecidas pela grande maioria dos usuários da época e, graças à evolução, pouco utilizadas hoje se comparadas a quantidade de aventureiros atuais à quantidade de fiéis usuários do passado, porém, ainda existem.
Para conhecer um pouco basta fazer um passeio para portais como UOL, IG, TERRA e outros ou baixar um programa IRCs – o qual já é um pouco mais complicado de se utilizar, porém, com um pouquinho de curiosidade qualquer um ainda consegue se adaptar – e procurar por canais tipo #Piracicaba, #Bahia, #25a35anos e assim por diante.
Ao contrário das páginas dos portais, os IRCs nos permitiam contatar pessoas de várias partes do mundo, bastando para isso mudar os servidores, conectando-se à servidores internacionais e procurando as páginas ativas que nos levavam à canais como #Portugal, #Espanha ou locais de vários países da Europa, Ásia, África e assim por diante. Era uma louca viagem no tempo e espaço.
Ambas as plataformas traziam contigo um hábito comum muito gostoso para a época.
Os usuários promoviam encontros de salas ou canais, com direito a DJs, alojamento, comida, bebida e muita festa, promovendo o encontro de apelidos virtuais na vida real, fazendo com que viajássemos quilômetros, que nos deslocássemos para outras cidades e estados em busca de estreitar aquela amizade criada e do prazer de poder conhecer pessoalmente pessoas que para nós soava apenas como um apelido com um perfil próprio, cheio de manias, sotaques (sim sotaque, pois dava para senti-los mesmo nos bate-papos) e uma imaginária forma de ser, esse principalmente para aqueles que não sabiam – ou não queriam, ou se preservavam ou não gostavam de – mandar fotos pelos bate-papos ou e-mails.
Isso tudo era um sonho que se materializava. Configurava um universo paralelo onde muitos em comum se encontravam e tantos outros que desconheciam criticavam e, nesse caso, havia muito mais crítico que adepto.
Plataformas que foram muito úteis para se criar o formato de internet e, principalmente, páginas e sites de relacionamentos que tanto acessamos e utilizamos hoje.
Salvo o fato de hoje utilizarmos nomes ou apelidos mais ligados ao nosso dia-a-dia – mais próximos da nossa realidade - e considerando o avanço da qualidade da plataforma, do sinal e do conhecimento do ambiente virtual, no geral pouca coisa mudou, apenas se popularizou mais e cresceu para outros lados o cardápio de opções... EVOLUIU.
Ahhh em tempo, a respeito dos apelidos, eu sempre me registrava como Poeta Casual, por motivos óbvios... os mesmo que me levam a escrever em meus blogs.
Aproveita, teça um comentário e compartilha conosco o apelido (ou nickname) que você costumava usar.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Tá Em Casa... Pode chegar!

O nome do grupo remete a um simpático convite ao público e o clima gerado não deixa a desejar TÁ EM CASA, fica a vontade que o ritmo é samba.
O compromisso do grupo você nota no comportamento, mesmo antes da apresentação qualquer olhar mais atento vai perceber que o clima é de diversão.
Eles se divertem tocando e disseminam uma energia contagiante que leva o público presente a se divertir também, deixando clara a proposta que trazem para dominar o ambiente.
O grupo em consenso criou um repertório de sambas diversos, montado exatamente com músicas cuidadosamente escolhidas por seus integrantes, buscando preservar os arranjos originais das composições, sem deixar passar em branco o espaço existente para suas criações e versões, musicalmente dizendo-se.
Com muita experiência no cenário, os integrantes do grupo conhecem o que toca o público e o que os toca particularmente, motivo pelo qual a seleção apresentada naturalmente mexe com os ouvintes, leva-os a uma doce viagem pelo tempo e, muitas vezes até sem que os ouvintes percebam, os coloca para cantar, dançar e interagir, ou seja, faz cada um de fato sentir que TÁ EM CASA.
Apresentação Tá Em Casa no bar Na Casa Dela - Piracicaba-SP by C.O.F. Além dos sambas de nome e sucesso apresentados, o grupo também oferece ao público uma quantidade de composições autorais de qualidade, com estilo definido, inspiração e influência do samba e pagode de raiz, inspirado em tendências criadas por nomes como
Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Reinaldo, Zeca Pagodinho, Art Popular, Leci Brandão, Sensação, Beth Carvalho, Almir Guineto e outros, que também aparecem no repertório de sucessos que marcaram a vida e a carreira dos componentes do grupo.
O Tá em Casa é formado por Plinio PB (voz), Peterson Estevão (percussão), Frank Edson (conta-baixo), Miro Barros (violão e violão 7 cordas), Leandro Cintra (cavaco) e Dú Silva (pandeiro) e conta com o complemento de um percussionista a mais nas rodas de samba e de um baterista em apresentações de palco.
Devido à oportunidade de assistir a apresentação do grupo por várias vezes, foi possível observar a liberdade com que executam as músicas e com que criam o clima de "estamos juntos, chega aí que Tá em Casa" e por conta disso, é praticamente impossível não se envolver e entrar no clima.
Apresentação Tá Em Casa no bar Na Casa Dela - Piracicaba-SP by C.O.F.
Não há a preocupação em se cantar imitando a gravação original, mas sim dentro do estilo próprio do grupo, fazer uma execução respeitosa dentro de suas características.
Tudo bem ensaiado e harmonizado, não tem erro. A receita cura a vontade de curtir samba bom.
Muito recentemente nos encantaram com o projeto "Um dia no Cacique" onde, com a presença de sambistas convidados, executaram uma vasta coletânea do Grupo Fundo de Quintal, criando uma energia muito boa, lembrando os tempos do samba underground; a época em que o samba era difícil de chegar aos ouvidos - a não ser aos ouvidos dos esforçados sambistas da época que se empenhavam em conhecer o que rolava no reduto dos sambistas cariocas e trazê-los para seletos ouvidos do interior paulista - que apreciavam esse estilo musical em comum.
Quando o papo é samba e pagode, Fundo de Quintal está na boca do povo e sentir que Tá em Casa, coincidentemente esse evento foi realizado na casa cujo nome é Na Casa Dela, era o mínimo que poderia acontecer; se o povo fosse (como o foi) representado por "gente do samba".
Apresentação Tá Em Casa no bar Na Casa Dela - Piracicaba-SP by C.O.F.
Havia quem estivesse sentado, porém, cantando e quem não conseguisse mais se sentar e curtisse cantando e dançando exatamente dentro da proposta do grupo, animada e descontraidamente.
Algo muito bem encaixado e que merece um, dois... não, vários pedidos de BIS... um projeto que caiu como uma luva na proposta do grupo e quiçá seja apresentado em outros espaços da cidade frequentado por amantes do bom samba e do melhor ambiente que o estilo mereça.
Dentro de pouco tempo, na verdade no dia 12 de Setembro próximo, o Tá em Casa estará transformando a Casa do Marquês - um agradável recinto na cidade de Piracicaba - em sua casa, na casa do público do samba e convidando a todos para a gravação do seu DVD ao Vivo dentro do evento SAMBA DO MARQUÊS.
O clima descontraído e familiar já é garantido, porém, a presença de todos é o que dará o toque final ao evento, com o justo convite "pode vir que Tá em Casa" e, é claro, hão de fazer jus ao clichê.
A Casa do Marquês situa-se à Av. Comendador Pedro Morganti, 4970, no Bairro Monte Alegre em Piracicaba/SP
Você pode obter maiores informações pelo fone (19) 3035-2331.



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